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Parada (série Derivas do corpo-cor amorfo)
2021

Intervenção urbana performática,  Caxias do Sul/RS

Dimensões variáveis

Fotografia e registros: Ingrid Bellenzier

Edição: Rodrigo Onzi

Fonte: Acervo pessoal da artista (2021)

Parada é um trabalho que atua como alternativa para restituir os sujeitos de suas liberdades de escolhas, decisões e movimentos, disponibilizando maneiras de interpretar o ambiente da cidade de diferentes formas. Por causa do excesso – de tempos, de imagens, de sons, de atividades, e outros tantos excedentes – que torna-se revolucionário fazer pausas e esperas. No sentido de propor um stop, Parada é uma revisitação ao trabalho Bus Stop (1999) da Lygia Pape que, além da relação com o vermelho dos mantos Tupinambá, tem um quê de tempo e espera. Por lógica, Pape encena o aguardo da passagem de um ônibus com o jornal nas mãos e o manto nas costas. Agora, essa imagem é recriada por outra artista, em um outro lugar e na contemporaneidade. Na avenida Júlio de Castilhos, em Caxias do Sul, muito próximo do local onde se encontra a passarela que constituiu as ações Tapete vermelho e Lençol gigante, há uma parada de ônibus. Na sua vez, Marina Rombaldi aguarda a passagem de um veículo bastante simbólico do transporte coletivo brasileiro, arrastando, amarrado nos seus ombros, o corpo-cor amorfo que foi bandeira, tapete, estandarte, elo e, agora, torna-se manto. Manto-cor-corpo-coletivo.

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