MARINA ROMBALDI
Vermelho cápsula (série Derivas do corpo-cor amorfo)
2021

























Intervenção urbana performática, Porto Alegre/RS
Dimensões variáveis
Fotografia e registros: Ingrid Bellenzier
Edição: Rodrigo Onzi
Fonte: Acervo pessoal da artista (2021)












Intervenção urbana performática, Porto Alegre/RS
Dimensões variáveis
Fotografia e registros: Ingrid Bellenzier e Iury Fontes
Edição: Rodrigo Onzi
Fonte: Acervo pessoal da artista (2021)
Em Vermelho cápsula, escalar, agachar, subir, descer, dependurar, esticar, puxar, prender, amarrar, soltar, estender são os processos que constituem novas formas de co-habitar e criar. As horizontalidades e verticalidades são elementos vigentes no labirinto do mobiliário e o processo de empacotamento de Vermelho cápsula indica utopia e ludicidade. A artista reestrutura e recria volumes urbanos de maneira que a cor se estabelece e impõe-se – um quase monumento. O corpo-cor amorfo e flexível atua, aqui, como demarcador de territórios a partir das novas escolhas, criando um jogo de transponibilidade/intransponibilidade. A imagem que se forma é de uma caixa vermelha gigante que reforça relações de dentro versus fora. O espaço perde a escala, o tempo torna-se outro. Dentro daquele ambiente criado artificialmente a partir do corpo-cor amorfo se estabelece uma lentidão acolhedora, uma outra experiência, uma redoma que possibilita um diferente reconhecimento do espaço através de uma interação automática – do próprio corpo e seus perceptos –, usando medidas já conhecidas: andar, olhar, sentar, sentir, tocar, respirar. A ideia de ocultar/revelar serve como ativadora da imaginação, passando a compor junto com esses espaços de vivência que se definiram a partir da inserção da matéria colocada em relação a cada indivíduo e às suas experiências – sejam visuais, sejam corporais.